Foto Marcelo Caldin - Pastoral da Criança
“Ser mãe é padecer no paraíso”. Quem já não escutou esse ditado
popular? Padecer, parece algo tão negativo. Já ao contrário, paraíso,
parece algo tão positivo. Como conciliar essa aparente contradição nos
dias atuais em que as
mães exercem diversos papéis ao mesmo tempo: mães, educadoras, trabalhadoras, companheiras, estudantes, donas de casa e mulher?
As exigências são muitas e o mito da supermãe ganha força hoje em dia
em uma sociedade que cobra e julga muito, mas que oferece muito pouco
no sentido de apoiar e respaldar as mães em suas múltiplas atividades e
facetas.
Diante desse quadro, alguém poderia dizer, então não cabem
homenagens, que parecem ser tão “doces”; cabem só críticas,
reivindicações... Cabem os dois! Homenagem? Toda mãe merece.
Reivindicações? Sim, porque toda mãe também merece e precisa ter as
condições necessárias para criar bem os seus filhos, com amor e
dignidade.
Como a Pastoral da Criança faz
A Pastoral da Criança, em suas ações junto às famílias, geralmente
encontra com mães. Mensalmente, seja na Visita Domiciliar ou no Dia da
Celebração da Vida, os líderes se encontram com as “mães da Pastoral”,
que até pode ser outra pessoa com avó, tia e mesmo pais, ou seja, quem
tem a responsabilidade de cuidar e educar as crianças na família. E faz
isso para partilhar informações e orientações sobre saúde, educação,
nutrição e cidadania. E mais, partilham a fé e a esperança em dias
melhores, apoiam suas lutas e as das comunidades, e se tornam parceiros
solidários de cada mãe que busca mais vida e vida em abundância para os
seus filhos. Feliz Dia das Mães!
Mãe, uma vocação e uma missão
Maria da Graça Dias Umada
Foto Marcelo Caldin - Pastoral da Criança
Ser mãe é acima de tudo, preparar um ser humano para enfrentar a vida
e as experiências que ela trás, por isso a maternidade é também uma
missão. E isso é fácil? As mães que o digam. Elas sempre se questionam:
será que estou fazendo certo para o meu filho? Será que sou uma boa mãe?
Para contar um pouco sobre o papel ou a missão das mães, nossa
entrevista é com Maria da Graça Dias Umada, psicóloga e professora, que
trabalha na coordenação nacional Pastoral da Criança, em Curitiba (PR).
Maria da Graça, por que festejar os dias das mães?
A comemoração do Dias das Mães
vem de longo tempo,
desde 1914. Através de muitas lutas as mulheres vieram ter seu dia
especial, no Brasil é comemorado no segundo domingo de maio. Ter um dia
especial é muito importante para todas nós mães, mas acredito que o dia
das mães deveria ser todos os dias do ano.
Atualmente as mulheres estão adiando a maternidade em decorrência da carreira profissional, o que a senhora acha disso?
Tem um aspecto positivo. A mulher está ganhando muito espaço no campo
profissional, trabalhando fora, só que isso pode acarretar um ponto
negativo. Quanto mais tarde ela for mãe, esse atraso pode ser
prejudicial a ela e a própria criança. Um dos problemas que podem
ocorrer é a mulher apresentar um problema de pressão alta. Tem também o
perigo de que a criança pode nascer com alguma anomalia. É importante
que essas mães “mais maduras” tenham o cuidado antes de engravidar, de
fazer um bom tratamento, procurar um ginecologista para ter uma gravidez
consciente.
Mais alguma orientação sobre esse tema do dia das mães?
Ser mãe é doar-se, ser mãe é ser amiga companheira saber ouvir os
filhos. Aproveito para desejar parabéns a todas as mães principalmente
aquelas mães trabalhadoras líderes da Pastoral da Criança que muito
contribuem no apoio na orientação, mães somos todas nós que estamos
trabalhando pelas crianças e um mundo melhor.
Confira a
entrevista na íntegra
Esta entrevista é parte do Programa de Rádio Viva a Vida da Pastoral da Criança. Ouça o programa de 15 minutos na íntegra
Programa de Rádio 1179 - 05/05/2014 - Dia das Mães