segunda-feira, 11 de junho de 2012

Temos que aprender a conviver com o lixo que produzimos

 
Todos nós produzimos lixo. Em média,cada brasileiro gera meio quilo de lixo a cada dia. Quanto mais dinheiro as pessoas têm, maior essa quantidade, principalmente porque existe mais consumo. O que fazer com todo esse lixo?
Inicialmente, precisamos nos convencer que boa parte do lixo pode ter utilidade. Metade do que produzimos é lixo orgânico, composto principalmente por restos de comida. A outra metade é papel, lata, vidro, plástico, alumínio, ferro, entre outros. Como sabemos, muitas pessoas vivem da coleta e reciclagem desses materiais. Mas, infelizmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 76% do lixo produzido vai diretamente para os rios, lixões, aterros sanitários ou simplesmente é queimado. Isso é um desperdício que gera poluição, contamina o ar, compromete o meio ambiente e deixa em perigo o futuro do planeta.
A responsabilidade pela limpeza e coleta do lixo nas cidades é da prefeitura. O dever das pessoas é se organizar para colocar o lixo nos horários e lugares corretos para serem recolhidos. Em muitas cidades, além de 100% do lixo ser coletado, a população participa da separação do lixo que não é lixo, ou seja, do material que pode ser reciclado ou reutilizado nas casas e nas empresas. Como é a coleta de lixo no seu município? E na sua casa? E na sua comunidade?

Transformar lixo em adubo

O lixo orgânico que produzimos em casa, como restos de frutas e legumes, cascas de ovos, pó de café, restos de grama cortada, folhas e galhos secos, pode ser transformado em um ótimo adubo para as plantas. Saiba como produzir o chamado composto orgânico: 
 Quem tem espaço com terra em casa pode fazer um buraco de mais ou menos 60 centímetros de altura e 1 metro de largura. Quem não tem, pode usar uma caixa com pequenos furos laterais para a saída de ar.
b. Os restos de material orgânico devem ser colocados em camadas, com um pouco de terra para separar cascas, folhas, palha, pó de café. Depois de intercalar as camadas, regue tudo com um pouco de água. Para acelerar a decomposição e evitar o aparecimento de moscas, é bom cobrir com uma lona.
c. Se o composto estiver em caixas, revire-o a cada dois dias, com uma ferramenta. Se ele estiver em um buraco no chão, isso pode ser feito a cada 15 dias. A ação de bactérias e fungos pode esquentar o monte. Molhar com água diminui a temperatura e mantém a umidade, mas cuidado para não encharcar seu composto.
d. Depois de um a dois meses, o composto começa a ter cheiro de terra, cor escura e não esquentar mais. Esses são os sinais de que está pronto para ser utilizado como adubo e que pode ser misturado à terra do jardim, da horta e dos vasos. Com mudança de hábitos e atitudes individuais e coletivos podemos reduzir, reaproveitar e reciclar muito do que vai parar no lixo e causa estragos ao meio ambiente. Ao evitar o desperdício e reaproveitar os materiais cuidamos melhor da natureza e contribuímos para que todos tenham mais saúde.

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações" (Artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988).
Observação: Não use restos de alimentos, principalmente os de origem animal como leite, carne, ovos, na sua composteira, esses alimentos podem atrair insetos e animais, como baratas, formigas e ratos.

Clóvis Boufleur
Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança.

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