Dois anos depois da morte da doutora Zilda Arns, no terremoto que devastou o Haiti, a Pastoral da Criança leva adiante seus projetos e aspirações.
“Nós não podemos perder nunca a inspiração e não podemos deixar de ser motivados pela visão da doutora Zilda. Seus valores permearam os trabalhos da Pastoral. Em cada parte da Pastoral, você encontra aspectos da vida dela”, salienta o diretor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufler.
A fundadora da Pastoral da Criança fazia uma ligação direta entre vida e fé, a visão da saúde, da ciência, com a prática da fé. Zilda Arns queria entender como as pessoas ficam doentes, como fazer a prevenção de doenças e sua relação com aquilo que acreditam e a vivência do Evangelho; uma metodologia utilizada hoje em 19 países.
“Alguns países já avançaram ou outros estão em processo de implantação, mas todos seguem com o mesmo espírito e ardor para trabalhar pelas crianças e gestantes”, conta o diretor.
Depois da morte de Zilda Arns, a Pastoral colocou o Haiti como prioridade enviando voluntários brasileiros que capacitaram outros voluntários haitianos que, por sua vez, trabalham hoje em duas paróquias no interior do país.
“Já colhemos os frutos desse nosso trabalho. Nossa ideia é levar todo esse aprendizado do interior para a capital. Esta era uma ideia que doutora Zilda já tinha estabelecido antes do terremoto”, explica o diretor.
Reconhecimento no Brasil e no mundo
A fama da Pastoral da Criança surgiu com a campanha pelo Soro Caseiro, no final da década de 1980, que uniu as igrejas em todo país e diversos meios de comunicação. Em 1999, a Pastoral lançou a campanha “A Paz começa em casa”, num combate a violência doméstica.
“Recentemente, nós promovemos a campanha do ‘bebê de barriga pra cima’, reconhecida como uma campanha que derrubou tabus, mostrando que é melhor para o bebê dormir de barriga para cima”, explica Boufler.
Já em 2010, a pastoral promoveu uma campanha para o acesso ao uso imediato do antibiótico. “É uma ação simples que não envolve aumento de recursos na saúde, simplesmente mudar a rotina. O remédio já existe na rede do SUS, mas muitos demoram para começar a tomar a medicação”, esclarece Boufler.
Desafios de hoje
Os esforços desta pastoral sempre estiveram ligados à área da saúde. Se, em anos atrás, o maior desafio era o combate à desnutrição infantil, hoje o desafio é a obesidade infantil.
“A desnutrição foi o motivo para a criação da Pastoral da Criança há 27 anos. Hoje a desnutrição não é mais um problema de saúde pública, mas a obesidade, o sobrepeso e a anemia entre as crianças são problemas a serem enfrentados com novas estratégias”, salienta.
Voluntariado
Outro grande desafio da Pastoral da Criança atualmente é a falta de voluntariado. Para Clovis, essa escassez de voluntários está vinculada ao desejo das pessoas em aquisitar sempre mais bens, assim elas trabalham mais e acabam tendo menos tempo para se dedicar ao próximo.
Hoje são mais 240 mil voluntários que trabalham em quatro mil municípios do Brasil, atendendo mais de um milhão de famílias. Mas o diretor de Relações Institucionais espera que o exemplo de Zilda Arns inspire novos voluntários.
“Estamos de portas abertas para acolher novos voluntários e aproveito a oportunidade para enviar um abraço para todos os líderes e voluntários dos 4 mil municípios que acompanham um milhão e 300 mil famílias no país”, finaliza.
“Nós não podemos perder nunca a inspiração e não podemos deixar de ser motivados pela visão da doutora Zilda. Seus valores permearam os trabalhos da Pastoral. Em cada parte da Pastoral, você encontra aspectos da vida dela”, salienta o diretor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufler.
A fundadora da Pastoral da Criança fazia uma ligação direta entre vida e fé, a visão da saúde, da ciência, com a prática da fé. Zilda Arns queria entender como as pessoas ficam doentes, como fazer a prevenção de doenças e sua relação com aquilo que acreditam e a vivência do Evangelho; uma metodologia utilizada hoje em 19 países.
“Alguns países já avançaram ou outros estão em processo de implantação, mas todos seguem com o mesmo espírito e ardor para trabalhar pelas crianças e gestantes”, conta o diretor.
Depois da morte de Zilda Arns, a Pastoral colocou o Haiti como prioridade enviando voluntários brasileiros que capacitaram outros voluntários haitianos que, por sua vez, trabalham hoje em duas paróquias no interior do país.
“Já colhemos os frutos desse nosso trabalho. Nossa ideia é levar todo esse aprendizado do interior para a capital. Esta era uma ideia que doutora Zilda já tinha estabelecido antes do terremoto”, explica o diretor.
Reconhecimento no Brasil e no mundo
A fama da Pastoral da Criança surgiu com a campanha pelo Soro Caseiro, no final da década de 1980, que uniu as igrejas em todo país e diversos meios de comunicação. Em 1999, a Pastoral lançou a campanha “A Paz começa em casa”, num combate a violência doméstica.
“Recentemente, nós promovemos a campanha do ‘bebê de barriga pra cima’, reconhecida como uma campanha que derrubou tabus, mostrando que é melhor para o bebê dormir de barriga para cima”, explica Boufler.
Já em 2010, a pastoral promoveu uma campanha para o acesso ao uso imediato do antibiótico. “É uma ação simples que não envolve aumento de recursos na saúde, simplesmente mudar a rotina. O remédio já existe na rede do SUS, mas muitos demoram para começar a tomar a medicação”, esclarece Boufler.
Desafios de hoje
Os esforços desta pastoral sempre estiveram ligados à área da saúde. Se, em anos atrás, o maior desafio era o combate à desnutrição infantil, hoje o desafio é a obesidade infantil.
“A desnutrição foi o motivo para a criação da Pastoral da Criança há 27 anos. Hoje a desnutrição não é mais um problema de saúde pública, mas a obesidade, o sobrepeso e a anemia entre as crianças são problemas a serem enfrentados com novas estratégias”, salienta.
Voluntariado
Outro grande desafio da Pastoral da Criança atualmente é a falta de voluntariado. Para Clovis, essa escassez de voluntários está vinculada ao desejo das pessoas em aquisitar sempre mais bens, assim elas trabalham mais e acabam tendo menos tempo para se dedicar ao próximo.
Hoje são mais 240 mil voluntários que trabalham em quatro mil municípios do Brasil, atendendo mais de um milhão de famílias. Mas o diretor de Relações Institucionais espera que o exemplo de Zilda Arns inspire novos voluntários.
“Estamos de portas abertas para acolher novos voluntários e aproveito a oportunidade para enviar um abraço para todos os líderes e voluntários dos 4 mil municípios que acompanham um milhão e 300 mil famílias no país”, finaliza.
Fonte: canção nova notícias
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