sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Obesidade infantil

Um problema que tem aumentado de forma preocupante, no Brasil, é a obesidade infantil. O médico explica que, muitas vezes, o sobrepeso é visto como se fosse "culpa" da pessoa, por ela estar comendo demais ou fazendo pouco exercício, mas essas não são as únicas causas. A desnutrição durante a gestação e uma má amamentação também contribuem para a obesidade.

Dr. Nelson salienta que foi feito um estudo interessante na Inglaterra, onde crianças que nasceram prematuras e que as mães optaram por não amamentar, foram acompanhadas por 14 anos.  Algumas dessas crianças foram alimentadas com leite de lata e outras através do banco de leite materno.

"Aquelas crianças que receberam, enquanto estavam no hospital, o leite materno, aos 14 anos de idade, tinham muito menos diabetes, pressão alta e sobrepeso", afirma.

Isso mostra que a amamentação também interfere no futuro da criança. "Esse aleitamento materno nos primeiros meses de vida já decide como é que o adolescente vai ser. A maior parte desses problemas é consequência dos cuidados na gestação e no aleitamento materno logo depois do nascimento", diz.
Mas se a criança não recebeu uma boa nutrição na barriga da mãe ou não foi amamentada como deveria, a Pastoral da Criança destaca outro caminho para evitar a obesidade infantil. "A criança precisa de uma dieta muito balanceada - frutas e verduras, e precisa também ter um espaço seguro para brincar".

Dr. Nelson ressalta que a pastoral está sugerindo que os pais pensem, em algum horário, se possível todos os dias, para que as crianças possam brincar ao ar livre, com outras crianças. "Com isso a criança fica muito mais feliz por ter interação com outras crianças, chega em casa cansada, tem o que contar e dorme melhor", salienta.

Dr. Nelson Arns

FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283254

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Pastoral da criança combate fome com cultivo de hortas


Marcelo Rudini
'Nossa luta contra a fome é uma luta pela justiça social', Ir. Vera
O número de pessoas que passam fome no mundo aumentou em 2008 para 963 milhões, contra 832 milhões registrados em 2007, segundo o último relatório da ONU anunciado pelo diretor da FAO, Jacques Diouf em janeiro deste ano. Entre as políticas públicas e as várias instituições que lutam contra a fome no país, a Pastoral da Criança se destaca pelo trabalho desenvolvidos com as famílias.

A Pastoral da Criança, uma rede de solidariedade que faz parte da CNBB, acompanha mais de um milhão e 800 mil crianças e cerca de 94 mil gestantes. Com a ajuda de mais de 200 mil voluntários, a Pastoral atua em 42 mil comunidades brasileiras e no exterior.

Em entrevista ao noticias.cancaonova.com, a coordenadora Nacional da Pastoral, Ir. Vera Lúcia Altoé, fala sobre o trabalho realizado e como a Instituição tem reeducado as famílias carentes para que tenham uma alimentação adequada e consigam, com a ajuda mútua e conhecimento, enfrentar a desigualdade social.
noticias.cancaonova.comQual a visão da Pastoral da Criança sobre a fome no Brasil e no mundo? 
Ir. Vera – A Pastoral da Criança, hoje, entre outras causas, vê a desigualdade social como principal causa da fome. E isso não é novidade pra ninguém e nem para a Pastoral da Criança. E a nossa luta contra a fome é uma luta pela justiça social.

Outra coisa que podemos admitir, hoje, é que a fome deixou de ser um problema em todos os estados brasileiros. O que existe realmente são os bolsões de pobreza. Temos andado por pelo país e visto isso. Há pessoas que realmente passam fome. A  Pastoral da Criança pode constatar que o estado mais pobre do Brasil é o estado do Maranhão, e depois vem os outros, como Alagoas, Piauí, Ceará e também a Bahia, que apesar de ser tão falada, tão famosa, é um dos estados, também apontado pela Fundação Getúlio Vargas, como um estado bem pobre.

E mundialmente, sabemos também que existem, na Ásia e na África, estados onde até vivem irmãs da nossa Congregação da Imaculada Conceição, passando por situações muito desumanas.

noticias.cancaonova.comQual a situação das crianças do Brasil em relação à desnutrição?

Ir. Vera
– Das crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança apenas 3,1% apresentam desnutrição e esse número ainda está abaixo da média da Organização Mundial da Saúde. Nós acompanhamos aproximadamente um milhão e 850 mil, o que representa 20% das crianças pobres do Brasil. Hoje, uma das coisas que a Pastoral da Criança tem como desafio, além de combater a desnutrição, é combater a anemia.

Sentimos hoje que realmente, por falta de uma alimentação adequada, as nossas crianças estão ficando anêmicas. E, por outro lado, temos observado nas crianças que acompanhamos uma grande porcentagem de obesidade. No ano passado, foi identificado que 1,2% das crianças acompanhadas eram obesas. Estamos tentando lançar para as mães e para as crianças aquela costumeira horta caseira. Mudar um pouco esse negócio de só estar comprando produtos que muitas vezes são caros, mas não tem os pré-requisitos necessários para uma alimentação saudável.

Nós estamos fazendo capacitações em vários estados do Brasil onde queremos colocar como uma alternativa para as nossas crianças anêmicas, desnutridas ou obesas que, ao invés de um refrigerante, tomem um suco por exemplo. É nesse sentido que estamos trabalhando um pouco para combater a fome.

noticias.cancaonova.com - As sociedades têm falado muito em segurança alimentar, inclusive no mês de janeiro, o Ministro Patrus Ananias, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil participou de um encontro em Madri que terminou com o compromisso dos países em priorizar o combate à fome e à desnutrição no mundo. A Pastoral da Criança acredita nessas grandes decisões? Participa dessas iniciativas?
Ir. Vera - A Pastoral da Criança tem uma metodologia muito simples. E nós que somos católicos entendemos bastante dessas coisas. Ela atua dentro da família, cuidando de gestantes e crianças de 0 a 6 anos. Nós buscamos uma integração àquele texto bíblico que fala da multiplicação, ou seja, a metodologia da Pastoral da Criança é inspirada na multiplicação dos pães, na passagem em que Jesus tinha cinco pães e dois peixinhos para saciar aquela multidão. É por isso que nós nos inspiramos no pequeno, nos pequenos grupos. São comunidades simples, pessoas necessitadas, que se organizando e trabalhando em equipe, dá certo.

Não acreditamos que essas grandes esferas da sociedade, essas multinacionais, vão realmente responder àquela necessidade que está lá no final do Maranhão, lá no final do Amazonas, onde a própria comunidade, os próprios líderes, as pessoas envolvidas têm dificuldade em chegar.

Noticias.cancaonova.comQuais os projetos e planos de ação da Pastoral da Criança diante desse quadro de fome no mundo, principalmente no Brasil?

Ir. Vera
– Atualmente, a Pastoral da Criança acompanha 20% das crianças pobres brasileiras. Estamos presentes em todos os estados do país, em todas as paróquias e dioceses e, além disso, a Pastoral da Criança está presente também em 17 países fora do Brasil. E o nosso grande desafio hoje é diminuir a incidência de anemia entre as crianças e fazemos isso através da alimentação variada e enriquecida.

E a Pastoral da Criança realmente orienta as famílias, acompanha através das noções básicas de saúde, nutrição e educação. Nós trabalhamos realmente no controle das políticas públicas, ajudando às famílias acompanhadas a lutarem para que tenham seus direitos, ou pelo menos seus direitos básicos, que são a saúde, nutrição, educação e cidadania.

Em 2009, nós gostaríamos de aumentar o número de crianças acompanhadas. Queremos ter esse avanço e, por isso, pedimos que as pessoas façam a propaganda e convidem novas pessoas, novas lideranças, pessoas que se sintam chamadas a serem realmente discípulos e missionários de Jesus, para levar vida onde precisa. Nossa meta é que a Pastoral da Criança possa atingir pelo menos 50% das crianças pobres do país.

noticias.cancaonova.com - Como a Pastoral da Criança está encarando a atual crise econômica?
Ir. Vera - Diante dessa crise econômica, os primeiros afetados realmente são os nossos pobres e isso porque diminuiu muito a oportunidade de emprego e eles passam a ter menos acesso à alimentação e à moradia. Quando a gente vai visitar uma família, como aconteceu semana passada no bairro onde moro, a mãe teve bebê e, com um mês e meio, a mãe já teve que trabalhar porque o marido não tinha emprego. E então a criança fica sem mamar, fica na casa de outros para a mãe poder ir trabalhar. A falta de acesso à alimentação, à moradia, à casa própria, tudo isso é reflexo da crise econômica.

Diante disso, a Pastoral da Criança deve ficar atenta aos possíveis cortes dos recursos públicos. Temos esse momento forte em que ficamos atentos para que não haja esses cortes de recursos para o atendimento às famílias carentes. É inadmissível que uma gestante não possa ser atendida, que não tenha uma comida adequada para alimentar seu filho.

Eu quero agradecer a vocês por essa entrevista. Sabemos que a fome é uma dor muito grande e que há muito desperdício de comida pelo mundo a fora. Há muita insensibilidade em alguns lugares onde muitos passam fome. Eu quero pedir realmente que Deus os abençoe e abra o coração e as mãos dos que têm muito para que possam repartir, como fez Jesus na multiplicação do pão e, assim, todos tenham o suficiente para se alimentar.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ações da Pastoral da Criança contribuem para diminuir desnutrição

Kelen Galvan

Pastoral da Criança acompanha desenvolvimento das crianças.
O país recorda o Dia de Combate à Desnutrição, nesta segunda-feira, 29, com sensação de vitória. A desnutrição infantil aguda, entre crianças de zero a cinco anos, diminuiu 90% nos últimos 30 anos, segundo o estudo Saúde Brasil 2009, divulgado pelo Ministério da Saúde, em dezembro do ano passado. Os dados também apontam a redução de 70% dos casos de desnutrição crônica, nesta mesma faixa etária.

De acordo com o médico epidemiologista e coordenador adjunto da Pastoral da Criança, Dr. Nelson Arns, a evolução da escolaridade da mãe, investimentos na prevenção de doenças, saneamento básico e a melhoria na renda das famílias foram questões imprescindíveis para diminuir a desnutrição no país.

Acesse
.: PODCAST: Dr. Nelson dá mais detalhes sobre a desnutrição infantil


A Pastoral da Criança, criada em 1983, pela médica Zilda Arns, começou um trabalho de acompanhamento de crianças desnutridas e de suas respectivas famílias, o que contribuiu para vencer o problema.

"O fato da mãe ter condições para estudar, e assim, conhecer os mecanismos da doença, permitiu que ela cuidasse melhor do seu filho, e a Pastoral ajudou a suprir essa lacuna na formação da mãe", explica o coordenador.

Outro aspecto importante foi que a Pastoral da Criança conseguiu provar que era possível evitar doenças na comunidade, investindo na prevenção e ensinando às mães métodos simples para cuidar da saúde dos filhos.

Embora a desnutrição não tenha sido extinguida, Dr. Nelson explica que ao contrário do que se via no passado - onde todos passavam fome e era necessário combater o problema de forma coletiva -, atualmente os casos são mais específicos de famílias que não tem condições.

"[Atualmente] é mais uma questão pontual e de falta de solidariedade para ajudar essa familia que tem dificuldades, do que um problema de desnutrição por falta de comida", ressalta.

Outro fator é a questão da saúde das crianças. Segundo o médico, ao começar a acompanhá-las, é preciso verificar se há alguma doença que esteja impedindo seu bom desenvolvimento, como problemas cardíacos ou problemas de absorção dos alimentos.

Desnutrição no ventre materno

Segundo Dr. Nelson, atualmente outro tipo de desnutrição está preocupando os médicos, é a que acontece durante a gestação. Ele conta que, recentemente, participou de um Congresso Internacional de Epidemiologia, que abordou esse assunto.

"Lá se falou que a desnutrição na barriga da mãe tem um efeito muito forte sobre o futuro da criança. Se a criança passa um pouco de fome na barriga da mãe, ela nasce com menos células no fígado, nos rins, no pulmão e com isso será um adulto que vai ter muito mais problemas cardíacos, problema renal, doença crônica e problemas metabólicos", destaca.

O fato triste, para o médico, é que essas crianças estão nascendo com desnutrição, não por falta de comida, mas sim porque muitas mães optam por não engordar na gestação. "Como se manter a estética fosse mais importante do que o resultado final sobre o bebê", enfatiza.

O médico esclarece que, no mínimo, a mãe precisa engordar nove quilos durante a gestação. Isso é necessário até, para que depois do nascimento, o bebê tenha uma reserva de nutrientes, que ganhará da mãe durante a amamentação.

Outro fator que causa essa desnutrição é quando a mãe é fumante. "Está mais do que provado que o cigarro diminui o peso da criança e prejudica sua nutrição dentro da barriga", enfatiza o médico.

Dr. Nelson elucida porque isso acontece: "Vamos entender assim: o cigarro é um veneno que passa pelo cordão umbilical para a criança e, para tentar proteger o bebê desse veneno, o cordão umbilical fica mais estreito, para passar menos sangue e menos veneno para a criança. Só que com isso o bebê recebe menos nutrientes e começa a passar fome. E isso vai prejudicar o funcionamento do seu organismo pelo resto da vida".

FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=283254

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Voluntários realizam trabalhos voltados para crianças e famílias carentes

Pastoral da Criança

Voluntários realizam trabalhos voltados para crianças e famílias carentes
Criada em 1983, a Pastoral da Criança tem como objetivo promover o desenvolvimento integral das crianças, desde a gestação até os seis anos de idade. Todo trabalho é baseado na solidariedade e na multiplicação do saber, por meio de ações preventivas que favoreçam a integração entre a família e a sociedade.
Atualmente, cerca de 260 mil voluntários acompanham mais de 1,8 milhão de crianças e 95 mil gestantes em mais de 42 mil comunidades de 4.066 municípios brasileiros. “Somos uma porção de formiguinhas que se junta, cada uma no seu bairro, no seu município, para atender todo o Brasil”, afirma Lucimar de Souza Freire, coordenadora da Pastoral da Criança da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, localizada no bairro da Barra, em Muriaé.
Os voluntários desenvolvem ações de saúde, nutrição, educação, cidadania e espiritualidade de forma ecumênica nas comunidades carentes. A Paróquia da Barra, por exemplo, atende aos bairros Gaspar, Barra, Aeroporto e Patrimônio São José, beneficiando cerca de 130 crianças. Um trabalho diário, realizado por aproximadamente 50 voluntários divididos entre coordenadores, líderes e apoiadores. Segundo Lucimar Freire, as demais paróquias seguem o mesmo ritmo para que todas as comunidades sejam atendidas. Cada voluntário desenvolve uma atividade, de acordo com sua disponibilidade.
Quatro etapas compõem a rotina da Pastoral da Criança. Inicialmente, é feita uma visita domiciliar – acompanhamento individual das famílias; logo após a visita, acontece a celebração da vida – reunião entre as famílias para avaliar o desenvolvimento de suas crianças e proporcionar a troca de experiências e solidariedade na comunidade; em seguida, uma pausa para a reflexão e avaliação – reunião entre os líderes, apoiadores e o coordenador; e, por último, enumeram as famílias que necessitam de atenção maior no mês seguinte. “A Pastoral presta um serviço de orientação, encaminhamos as crianças para os postos de saúde, creches e escolas”, destaca Lucimar.
Celebração da vida – Março de 2009
Nestes encontros todas as crianças são pesadas e medidasMateriais utilizados pela Pastoral da CriançaAlém disso, foi desenvolvido um sistema de informação, via internet, que pode ser consultado pelo público em geral. Com essas informações, é possível avaliar as ações desenvolvidas, definir objetivos e motivar os voluntários. Os relatórios trimestrais estão disponíveis no site www.pastoraldacrianca.org.br.A dedicação de seus voluntários rendeu à Pastoral da Criança prêmios e distinções de centenas de organizações e instituições nacionais e internacionais, mas o maior reconhecimento vem das famílias que participam da iniciativa. Para Lucimar Vieira, 35 anos, mãe de seis filhos, a obra ajudou no desenvolvimento deles. “Eu sempre participei, meus seis filhos receberam acompanhamento da pastoral”.
Desde o início de suas atividades, a Pastoral da Criança busca formas eficientes para medir seus resultados. Para isso, utiliza diversos instrumentos. Alguns exemplos são:a) o guia do líder – reúne informações e orientações para os voluntários sobre os cuidados, direitos e deveres e educação da criança, promoção da paz na família e alimentação enriquecida; b) o caderno do líder – reúne indicadores referentes à criança e à gestante que são acompanhados pelo líder, entre outras informações; c) os 10 mandamentos para a paz na família – sintetizam os princípios que regem a mensagem de paz que o líder partilha com as famílias que acompanha;d) laços de amor – a cada mês, as gestantes recebem uma cartela com as principais informações sobre o desenvolvimento do bebê, as alterações no corpo da mulher e incentivos para que ela faça seu pré-natal; e) colher-medida do soro caseiro – colher plástica que tem as medidas exatas de sal e açúcar usadas no preparo do soro caseiro; f) balança – a cada mês, no dia da celebração da vida, o peso das crianças é anotado no caderno do líder; g) cartão da gestante e caderneta da criança – esses cartões são entregues aos pais pelo serviço de saúde.
Lucimar de Souza Freire, 39 anos, trabalha como voluntária desde 2004. Segundo ela, é preciso gostar de criança, ter paciência e dedicação. “É muito bom participar da Pastoral da Criança. Quem vem se apaixona e não quer sair mais”. Já Nilson Macedo, 50 anos, e sua esposa estão iniciando seu trabalho na pastoral e se sentem motivados, pois colaboram com o desenvolvimento das crianças. “Somos apoiadores há cerca de um ano. Para nós, é muito gratificante”.Os interessados devem procurar a secretaria da paróquia mais próxima de casa e deixar nome, endereço e telefone. O primeiro contato será feito por um membro da Pastoral da Criança. De acordo com a disponibilidade da pessoa, ela é convidada a participar das primeiras reuniões e iniciar seu trabalho. As doações também podem ser feitas em todo o país, por meio das contas:Banco do Brasil
Agência: 1244-0
Conta Corrente: 23889-9
Banco HSBC
Agência: 0058
Conta Corrente: 12345-53

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O Soro Caseiro na Pastoral da Criança

O Brasil é um país tão rico onde, infelizmente, ainda vivem milhões de pessoas em estado de grande miséria. Nas áreas pobres do país, nos grandes bolsões de pobreza, segundo o UNICEF, a cada ano, 100 mil crianças menores de cinco anos morrem, por causas que poderiam ser facilmente prevenidas.



Como preparar o Soro Caseiro:

Em um copo cheio (200ml) de água limpa, coloque uma medida rasa de sal e duas medidas rasas de açucar. 

O Soro Caseiro na Pastoral da Criança
No início da Pastoral da Criança, a desnutrição e a FOME, eram as principais causas de mortes infantis. No atestado de óbito o que aparecia era DIARREIA, SARAMPO ou PNEUMONIA, mas quem matou mesmo foi a FOME.
Assim, para ver a morte pela desidratação e pelas diarreias, desaparecerem das comunidades, a Pastoral da Criança adotou o uso do Soro Caseiro, e dos sais de reidratação oral.
O soro caseiro é feito com água, sal e açúcar. Para evitar erros nas quantidades, a Pastoral da Criança utiliza uma colher-medida para prepara-lo. Ele deve ser oferecido para prevenir a desidratação ou nos sintomas iniciais dela. A missão do líder da Pastoral da Criança não é só dar informação para a família acompanhada. É muito importante estar ao lado da mãe até que ela tenha confiança no soro caseiro. Ele deve ser usado para prevenir a desidratação. Além de ensinar os pais a fazer o soro caseiro, é preciso orientá-los também a oferecer o soro sempre e em pequena quantidade para a criança com diarreia, observando sinais de melhora.
As colheres medidas para o preparo do soro, são distribuídas gratuitamente para famílias pobres com crianças e gestantes acompanhadas pela Pastoral da Criança no Brasil e nos países da América Latina e Caribe. Juntamente com a entrega das colheres-medida de soro caseiro, os voluntários da Pastoral da Criança orientam as famílias sobre como preparar o soro caseiro e a importância de seu uso na prevenção da desidratação, beneficiando, assim, crianças e gestantes pobres.


  fonte https://www.pastoraldacrianca.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1267:o-soro-caseiro-na-pastoral-da-crianca&catid=46:nacionais&Itemid=38

 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dra. Zilda Arns Neumann


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Dra. Zilda Arns Neumann
Biografia
Dra. Zilda Arns Neumann, 75 anos, é médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também é representante titular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Nascida em Forquilhinha (SC), reside em Curitiba (PR), é mãe de cinco filhos e avó de dez netos. Escolheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba (PR), e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como suporte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.
Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns cria a Pastoral da Criança juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador da Bahia, que na época era Arcebispo de Londrina. Foi então que desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João (Jo 6, 1-15). A educação das mães por líderes comunitários capacitados revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças facilmente preveníveis e a marginalidade das crianças. Após 25 anos, a Pastoral acompanha mais de 1,9 milhões de gestantes e crianças menores seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros. Seus mais de 260 mil voluntários levam fé e vida, em forma de solidariedade e conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres.
Em 2004, a Dra. Zilda Arns recebeu da CNBB outra missão semelhante, fundar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Atualmente mais de 129 mil idosos são acompanhados todos os meses por 14 mil voluntários.
Pelo seu trabalho na área social, Dra. Zilda Arns recebeu condecorações tais como: Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA), pelo inovador programa de saúde pública que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006; Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997); Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994); títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina. Dra. Zilda é Cidadã Honorária de 10 estados e 35 municípios; e foi homenageada por diversas outras Instituições, Universidades, Governos e Empresas.
Dra. Zilda Arns Neumann, 75 anos, é médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também é representante titular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Nascida em Forquilhinha (SC), reside em Curitiba (PR), é mãe de cinco filhos e avó de dez netos. Escolheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba (PR), e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como suporte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.
Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns cria a Pastoral da Criança juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador da Bahia, que na época era Arcebispo de Londrina. Foi então que desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João (Jo 6, 1-15). A educação das mães por líderes comunitários capacitados revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças facilmente preveníveis e a marginalidade das crianças. Após 25 anos, a Pastoral acompanha mais de 1,9 milhões de gestantes e crianças menores seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros. Seus mais de 260 mil voluntários levam fé e vida, em forma de solidariedade e conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres.
Em 2004, a Dra. Zilda Arns recebeu da CNBB outra missão semelhante, fundar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Atualmente mais de 129 mil idosos são acompanhados todos os meses por 14 mil voluntários. 
Pelo seu trabalho na área social, Dra. Zilda Arns recebeu condecorações tais como: Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation, em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA), pelo inovador programa de saúde pública que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006; Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997); Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994); títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinente de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina. Dra. Zilda é Cidadã Honorária de 10 estados e 35 municípios; e foi homenageada por diversas outras Instituições, Universidades, Governos e Empresas

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vicariato de Porto Alegre implanta Projeto Missionário


O Vicariato de Porto Alegre/RS, implantou nos dias 16 e 17 de setembro de 2011, o Projeto Missionário da Pastoral da Criança no Ramo São Cristovão, na Comunidade Amazonas. O Projeto Missionário é uma resposta ao chamado de Jesus Cristo e ao forte apelo da Igreja diante dos desafios para enfrentar a extrema pobreza de comunidades onde a Pastoral da Criança ainda não esta presente.


Participaram da Missão, a Coordenadora da Arquidiocese Vera Magalhães, Coordenadora do Vicariato de Porto Alegre, Miriana Gravana e Coordenadores de Áreas, Ramos e Líderes desse Vicariato. Também o Vicariato de Guaíba participou, através da sua Coordenadora Grimalda Pereira da Luz , que já participou como Missionária Leiga da Pastoral da Criança em comunidades do Nordeste do Brasil.
Como resultado imediato da Missão realizada em Porto Alegre, 13 pessoas sensibilizadas com a Missão, já estão iniciando a Capacitação do Guia do Líder.


O Projeto Missionário na Pastoral da Criança
O Projeto Missionário foi implantado em 2004, no marco de celebração dos 20 anos da Pastoral da Criança. Tendo como fundamento o documento da CNBB nº 62 "Missão e ministérios dos cristãos leigos e leigas", no qual traça diretrizes para os leigos participarem, com autêntica inspiração cristã, de toda a missão da Igreja, ou seja, de toda a ação evangelizadora.
O Brasil é um país rico, com tecnologia e recursos suficientes para oferecer vida digna a todos os seus habitantes. No entanto, é um país com sérias desigualdades sociais. Sabe-se que a organização comunitária, a aplicação de medidas simples e a implementação das ações básicas de saúde, podem salvar milhares de crianças brasileiras a cada ano.
São muitas as comunidades do Brasil que precisam da ação do Projeto Missionário. Até o ano de 2011, as missões já aconteceram em mais de 51 municípios brasileiro, por mais de 134 missionários voluntários. Os Missionários Leigos permanecem nas comunidades escolhidas por um período de 11 meses, conhecendo, mapeando e implantando as ações básicas da Pastoral da Criança, na área de educação, cidadania, saúde, nutrição e espiritualidade. Ao final da missão, a comunidade já está organizada, com uma coordenação local e desenvolvendo as ações da Pastoral da Criança, como a atenção integral às crianças, desde o ventre materno até os 06 anos de idade, a preocupação com a gestante e a organização comunitária.
Para participar do Projeto Missionário, basta procurar a coordenação do seu setor da Pastoral da Criança e se candidatar como Missionário Leigo, o trabalho é voluntário, com ajuda de custo para as despesas pessoais.

Colaboração: Miriana Gravana, Coordenadora do Vicariato de Porto Alegre
Fotos: Missão em Porto Alegre

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Celebração da Vida na comunidade Kanazawa

Celebrar a Vida na Pastoral da Criança significa reunir as famílias para avaliar o desenvolvimento de suas crianças e proporcionar a troca de experiências e solidariedade na comunidade.
 Nesse dia, as crianças são pesadas, o peso é registrado na Caderneta da Criança, para controle da família, e no Caderno do Líder, para posteriormente ser enviado à Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.
 Esse encontro mensal é enriquecido com brincadeiras com as crianças, troca de experiências, informação e fraternidade entre as famílias e a partilha de um saboroso e nutritivo lanche.

A riqueza cultural do Brasil se reflete na Pastoral da Criança. Cada comunidade tem seu jeito próprio de organizar sua celebração. A espiritualidade está presente em todas as ações da Pastoral da Criança. Todos são convidados a compreender a importância da fé e da vida, em uma visão ecumênica.
 Na casa dos líderes comunitários, ao ar livre, debaixo das árvores ou em outros locais, a Pastoral da Criança pesa as crianças e compartilha alimentos regionais em clima de festa, celebrando as conquistas e buscando soluções para melhorar a qualidade de vida de cada uma delas.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

*voluntários* da Pastoral da Criança

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A Pastoral da Criança está presente nas comunidades para agir na promoção da saúde e do desenvolvimento integral de gestantes, crianças e suas famílias. Essa ação acontece porque há pessoas que se comprometem a fazer um trabalho *voluntário*, no qual compartilham seus conhecimentos, experiências e uma parte do seu tempo. São pessoas que vivem e demonstram com seu exemplo o amor ao próximo. É um verdadeiro trabalho de Caridade Cristã.

Os *voluntários* da Pastoral da Criança desenvolvem ações de saúde, nutrição, educação, cidadania e espiritualidade de forma ecumênica nas comunidades pobres. As atividades visam promover o desenvolvimento integral das crianças, desde a concepção aos seis anos de idade, e a melhoria da qualidade de vida das famílias.

Ser voluntário na Pastoral da Criança significa:

   * fazer parte da Missão da Pastoral da Criança;

   * servir com amor e dedicação a criança e as famílias carentes;

   * ter compromisso Cristão a serviço da vida e da esperança e da paz;

   * lutar para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância;

   * conhecer e participar das ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania;

   * vivenciar a mística da Pastoral, que une Fé e Vida;

   * participar da organização da comunidade;

   * atuar na prevenção das causas da mortalidade infantil e da violência;

   * estar comprometido com mudanças sociais.


Quero ser voluntário - líder, brinquedista, articulador, capacitador - o que devo fazer?

Entre em contato com a coordenação da Pastoral da Criança mais próxima.